terça-feira, 1 de maio de 2012

Antes de marcar sua cesárea, leia...



A cesárea é segura?
Uma cesariana não é 100% segura. É uma cirurgia de médio a grande porte e como tal, têm seus riscos e deve ser realizada somente em caso de real necessidade

Quais as “vantagens” da cesárea?

Quando existe risco de vida materno ou fetal, pois, ela pode realmente salvar a vida de mãe e/ou filho.

 
Conveniências:
 
o agendar a data do parto de acordo com as necessidades do médico e/ou dos pais;
 transformar o momento do nascimento em algo previsível;
  isentar a mãe da responsabilidade de parir;
 evitar a dor do trabalho de parto, etc.

Quais são as possíveis complicações da cesárea?
—Os riscos estão relacionados ao procedimento invasivo:
· Infecção (dos tecidos/órgãos/estruturas e demais sistemas orgânicos
· Infecção (dos tecidos/órgãos/estruturas e demais sistemas orgânicos).
—- Hemorragias (é importante lembrar que nas cesáreas programadas o útero estará preparado para fazer a contenção do sangramento por ocasião da secção das fibras musculares uterinas).
—- Lesões de estruturas adjacentes (bexiga é a mais comum).
- —Constipação intestinal/prisão de ventre => maior desconforto na movimentação.
—- Maior risco de trombose venosa profunda nos membros inferiores devido à descompressão brusca dos vasos sanguíneos pélvicos e imobilidade prolongada => formação de trombos e entupimento dos vasos sanguíneos.
- —Comprometimento do bom prognóstico dos próximos partos.
- —Atrapalhar o estabelecimento do vínculo com o bebê e a amamentação. 

Para o bebê:
· Aumento dos riscos de morbidade-mortalidade, sobretudo no que se refere à maturidade pulmonar. 
· Maior risco de bronco-aspiração das secreções no momento da retirada do bebê do útero. Lembrar que a passagem pelo canal do parto comprime o tórax do bebê e auxilia na “drenagem” das secreções da via aérea superior.
· O bebê é retirado do útero, não nasce, é assim privado da experiência ativa de protagonismo. 
· Na cesárea eletiva ele não está pronto para nascer, não recebeu as informações de que é hora de nascer, portanto seu nascimento é um ato de violência. 


Indicações
++Cesárea Eletiva (Marcada): PLACENTA PRÉVIA (não é placenta marginal, é placenta prévia)
 
++Em trabalho de parto:
- desproporção céfalo pélvica (chegou nos 8 ou 9 ou 10 cm e depois de 6
horas não desceu do plano 0 da bacia, fica parado no meio, não desce,
horas não desceu do plano 0 da bacia, fica parado no meio, não desce, mesmo com analgesia e ocitocina)
- sofrimento fetal (desacelerações que não passam quando a contração acaba)
- bebê pélvico atendido por médico que não sabe fazer parto de pélvico
- sofrimento fetal (desacelerações que não passam quando a contração acaba)
- bebê pélvico atendido por médico que não sabe fazer parto de pélvico
- Prolapso de cordão – com dilatação não completa;
-Descolamento prematuro da placenta com feto vivo – fora do expulsivo
- Placenta prévia parcial ou total (total ou centro-parcial);
- Apresentação córmica (situação transversa);
- Ruptura de vasa praevia (sangramento dos vasos sanguíneos fetais que atravessam as membranas amnióticas passando pelo orifício interno do colo. )
- Herpes genital com lesão ativa no momento em que se inicia o trabalho de parto. 

SITUAÇÕES ESPECIAIS EM QUE A CONDUTA DEVE SER INDIVIDUALIZADA, CONSIDERANDO-SE AS PECULIARIDADES DE CADA CASO E AS EXPECTATIVAS DA GESTANTE, APÓS INFORMAÇÃO:1) Apresentação pélvica;
2) Duas ou mais cesáreas anteriores (o risco potencial de uma ruptura uterina – em torno de 1% - deve ser pesado contra os riscos de se repetir a cesariana, que variam desde lesão vesical até hemorragia, infecção e maior chance de histerectomia);
3) HIV-AIDS (nem todas, individualizar casos.)


"DESNE"CESÁREA:
1. Circular de cordão, uma, duas ou três “voltas” (campeoníssima – essa conta com a cumplicidade dos ultrassonografistas e o diagnóstico do número de voltas é absolutamente nebuloso);
2. Pressão alta;
3. Pressão baixa;
4. Bebê que não encaixa antes do trabalho de parto;
5. Diagnóstico de desproporção cefalopélvica sem sequer a gestante ter entrado em trabalho de parto
—6. Bolsa rota (o limite de horas é variável, para vários obstetras basta NÃO estar em trabalho de parto quando a bolsa rompe);
7. “Passou do tempo” (diagnóstico bastante impreciso que envolve aparentemente qualquer idade gestacional a partir de 39 semanas);
8. Trabalho de parto prematuro;
9. Grumos no líquido amniótico;
10. Hemorroidas;
11. HPV (só há indicação de cesárea se há grandes condilomas obstruindo o canal de parto);
12. Placenta grau III;
13. Qualquer grau de placenta;
14. Aceleração dos batimentos fetais sem analisar outros fatores;
16. Cálculo renal;
17. Dorso à direita;
18. Baixa estatura materna;

19. Baixo ganho ponderal materno/mãe de baixo peso; 
20. Obesidade materna;

21. Gastroplastia prévia
22. Bebê “grande demais” (macrossomia fetal só é diagnosticada se o peso é maior ou igual que 4kg e não indica cesariana, salvo nos casos de diabetes materno com estimativa de peso fetal maior que 4,5kg. Não se justifica ultrassonografia a termo em gestantes de baixo risco para avaliação do peso fetal);

23. Bebê “pequeno demais”; 
24. Cesárea anterior;

27. Problemas oftalmológicos, incluindo miopia e descolamento da retina;
29. “Falta de dilatação” antes do trabalho de parto;
30. Gravidez
30. Gravidez superdesejada (motivo pelo qual os bebês de proveta aqui no Brasil muito raramente nascem de parto normal);
31. Gravidez não desejada;
32. Idade materna “avançada” (limites bastante variáveis, pelo que tenho observado, mas em geral refere-se às mulheres com mais de 35 anos);
33. Adolescência;
34. Prolapso de valva
31. Gravidez não desejada;
32. Idade materna “avançada” (limites bastante variáveis, pelo que tenho observado, mas em geral refere-se às mulheres com mais de 35 anos);
33. Adolescência;
34. Prolapso de valva mitral ;
35. Cardiopatia (o melhor parto para a maioria das cardiopatas é o vaginal);
36. Diabetes;
37. Bacia “muito estreita”;
38. Mioma uterino;
—39. Parto “prolongado” ou período expulsivo “prolongado” (também os limites são muito imprecisos, dependendo da pressa do obstetra). O diagnóstico deve se apoiar no partograma. Reconhece-se período expulsivo prolongado mais de duas horas em primíparas e uma hora em multíparas sem analgesia ou mais de três horas em primíparas e duas horas em multíparas com analgesia);
40. “Pouco líquido”;
41. Artéria umbilical única;
42. Ameaça de chuva/temporal na cidade;
43. Obstetra (famoso) não sai de casa à noite devido aos riscos da violência urbana;
40. “Pouco líquido”;
41. Artéria umbilical única;
42. Ameaça de chuva/temporal na cidade;
43. Obstetra (famoso) não sai de casa à noite devido aos riscos da violência urbana;

44. Fratura de cóccix em algum momento da vida; 
47. Varizes na vulva e/ou vagina;

48. Constipação (prisão de ventre);
49. Excesso de líquido amniótico;
50. Anemia;
51. Data provável do parto (DPP) próximo a feriados prolongados e datas festivas;
52. Trombofilia;
54. Bebê profundamente encaixado;
55. Bebê não encaixado antes do início do trabalho de parto;
Etc. etc. etc...





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